DZCM #12: dar all in é para qualquer pessoa?
Hora de discutir o velho debate entre concentrar vs diversificar
Desde já queremos agradecer a todos que adquiriram um exemplar de Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin e contribuíram para ajudar nas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. Todas as vendas do livro feitas entre 01/05 e 31/05 serão revertidas inteiramente em doações e entregues ao projeto no dia 30 de junho, mesma data em que ocorrerá a prestação de contas.
Bem-vindo, caro leitor, a mais uma edição de Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin. A sua newsletter de finanças, investimento e tecnologia que te deixará informado em menos de 10 minutinhos.
Como vimos na newsletter da semana passada, a bolha do Bitcoin Twitter pode ser tudo, menos monótona. Sempre existe algum debate ferrenho que desperta paixões de todos os lados.
Um dos debates que mais inflama as sensibilidades afetivas da bolha é a respeito do quanto se deve alocar de dinheiro em Bitcoin (BTC). Os mais moderados, entre os quais o mais expoente é o Fernando Ulrich, defendem o conceito de diversificação: você deve ter outros ativos além do BTC, como ações, por exemplo.
Já outro grupo defende que o BTC é o único ativo que importa e nada mais além dele tem valor ou condição de fazer a pessoa enriquecer. Esse grupo costuma ser o mais vocal e crítico, chegando a fazer comentários ofensivos para defender sua tese.
Mas afinal, qual posição é a mais correta? Vale a pena apostar em outros ativos além do BTC ou ele realmente é o único que importa e dar all in nele é a melhor estratégia?
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All in em Bitcoin
O termo all in pode ser traduzido como “tudo dentro” e tem como origem o jogo de pôquer. E como ex-jogador semi-profissional desse esporte, este que vos escreve já deu vários all in ao longo da vida.
Quando um jogador de pôquer dá all in, significa que ele aposta todas as fichas que possui em seu stack. Essa jogada pode ter vários objetivos, desde tentar ganhar valor usando uma mão muito forte até fazer um blefe para expulsar jogadores que têm mãos melhores do que a sua.
Dar all in é a jogada mais ousada do pôquer e geralmente ocorre quando o jogador tem poucas fichas. Ao fazer esse movimento, o jogador está arriscando tudo o que tem em uma única mão, caso algum outro jogador da mesa aceite o desafio.
Se o jogador que deu all in ganhar, ele pode dobrar suas fichas (no caso de disputa com um outro jogador) ou pode até multiplicar seu stack, caso dispute com mais jogadores. No entanto, se ele perder a mão ficará sem fichas e estará fora do jogo, tendo perdido todo o dinheiro que investiu.
Já no mercado financeiro, dar all in em um investimento significa apostar todas as suas economias em um determinado ativo ou classe de ativos, buscando obter os maiores lucros ao concentrar os investimentos em setores e ativos que você entende melhor.
Exemplos de all in
Um dos maiores exemplos de all in é o de um empreendedor cuja renda é oriunda de sua empresa. Nesse caso, ele investe todos os seus recursos no crescimento do negócio esperando que esse investimento possa multiplicar seu capital exponencialmente, chegando a torná-lo rico.
Outro exemplo de all in, dessa vez no mercado de ações, é do brasileiro Luiz Barsi Filho, maior investidor pessoal física do país. Barsi investe exclusivamente em ações e concentra todos os seus investimentos no Brasil. Foi através dessa estratégia que ele construiu, ao longo de mais de 50 anos, um patrimônio que hoje lhe rende milhões de reais somente em dividendos.
E há os exemplos da bolha do Bitcoin Twitter que apostam 100% do que possuem em Bitcoin, ignorando o mercado de ações e outros ativos.
Vale frisar que o conceito de all in engloba exclusivamente os investimentos, e que mesmo quem está 100% em BTC costuma ter uma reserva de emergência em renda fixa para cobrir eventuais imprevisto. A reserva de emergência não é investimento e tem importância fundamental: nunca invista antes de ter sua reserva.
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Concentração vs diversificação
Outro debate comum no mercado é se vale mais a pena diversificar seus investimentos ou concentrá-los em um ou poucos ativos. A grande maioria dos analistas defendem o uso da diversificação como uma forma de evitar risco de perda de capital.
Segundo essa corrente, quanto mais ativos um investidor possui, menor é o peso que cada um deles tem na carteira como um todo. Assim, se um investimento fracassar, sua participação na carteira será pequena e não trará grandes prejuízos.
Por outro lado, a diversificação excessiva pode trazer confusão ao investidor na hora de cuidar do seu portfólio, devido ao excesso de ativos. Além disso, ela pode se transformar em uma grande pulverização que além de dar dor de cabeça (especialmente na hora de declarar o imposto de renda), não trará grandes retornos.
Já os defensores da concentração defendem que o ideal é ter uma carteira com poucos ativos, mas que sejam ativos de excelente qualidade e que o investidor conheça. A concentração, de acordo com eles, ajuda a reduzir o tempo necessário para analisar o portfólio e também aumenta o potencial de retorno dos investimentos.
Um dos maiores defensores da concentração é Warren Buffett, que já afirmou que a diversificação “é boa para quem não sabe o que está fazendo”.
Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin
"Eu perdi uma casa, um apartamento e 95% dos meus Bitcoins. Seis anos depois, o Bitcoin salvou minha vida e me trouxe a Londres.”
No livro Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin, o autor Luciano Rocha conta sua jornada desde que entrou no mundo do Bitcoin em junho de 2014. São, portanto, oito anos de aprendizados, esforços e muitos, muitos fracassos. Mas sem eles, este livro não teria sido escrito para contar a história.
Um misto de autobiografia e educação financeira, Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin traz informações, eventos poucos conhecidos da comunidade bitcoinheira brasileira e também dicas de como não apenas investir melhor, mas ser um investidor por toda a vida.
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Qual estratégia é a melhor?
Escolher entre diversificar, concentrar ou até dar all in em um único ativo é uma decisão que depende de vários fatores. Alguns deles, que são importantíssimos para a tomada dessa decisão, incluem:
tamanho do seu patrimônio;
quantidade de tempo disponível;
seu conhecimento sobre o mercado.
Se você é o tipo de investidor que não tem tempo para acompanhar o mercado ou não quer ficar girando a carteira frequentemente, a concentração é a melhor estratégia. Coloque seu patrimônio em ativos mais sólidos que se provaram ser opções seguras de investimento ao longo do tempo.
Além disso, se você ainda não tem muito dinheiro para investir, convém saber que a diversificação pode diluir seu rendimento através do excesso de taxas. Por isso, evite comprar ativos demais e pagar taxas em excesso, preferindo concentrar seus aportes para construir uma base sólida para o seu patrimônio.
E sim, o Bitcoin é um dos melhores ativos para dar all in se você está em alguma dessas fases. Comprar e guardar BTC de forma segura é bastante fácil e os custos são menores do que a maioria das taxas de corretagens. E ao ter BTC, você estará exposto ao ativo que ofereceu o melhor retorno nos últimos 15 anos.
Contudo, se você tem um patrimônio maior ou não quer correr os riscos de colocar tudo em um só ativo, a diversificação vai te ajudar a reduzir esses riscos. Escolher ativos diferentes também serve para estratégias diferentes, como ter renda passiva através de dividendos – algo que o BTC não pode oferecer.
E por fim, esteja ciente de que dar all in expõe seu portfólio a todo o risco de um ativo ou classe de ativos específicos. Por isso estude bem antes de investir e nunca coloque mais dinheiro do que você está disposto a arriscar no curto prazo.
Disclaimer: as opiniões retratadas nesta newsletter possuem caráter educativo e informativo, não constituindo qualquer recomendação de investimento e alocação. Criptomoedas são investimentos de alta volatilidade e risco, especialmente de perda. Faça sua própria pesquisa e estude antes de investir.
Recomendação cultural
Enron: os mais espertos da sala (2005)
Se você acha que fraudes contábeis ocorreu apenas no Brasil (alô, Americanas!), saiba que elas também ocorrem nos Estados Unidos. E uma das maiores fraudes ocorridas naquele país envolve a Enron Corporation.
Durante anos, a Enron era a queridinha de Wall Street e uma das empresas cujas ações mais se valorizavam. Investidores chegaram a apostar seu patrimônio de uma vida inteira nas ações, cuja valorização parecia interminável.
Só que de uma das maiores e mais bem-sucedidas empresas de energia dos EUA, a Enron se viu envolvida num grande escândalo de corrupção, fraude e manipulação nos preços de suas ações até seu colapso no final de 2001. Milhares de pessoas foram lesadas com o colapso da empresa, que mudou para sempre as regras sobre transparência contábil nos EUA.
O caso gerou um livro, Enron: os mais espertos da sala, que conta a história da empresa do seu surgimento até o colapso. Esse livro virou um documentário que ilustra os riscos de apostar tudo em uma empresa cujos números são bons demais para serem verdadeiros.
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