DZCM #14: nunca troque um cavalo vencedor por muitos perdedores
Ou: quando diversificar não é uma boa ideia
Bem-vindo, caro leitor, a mais uma edição de Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin. A sua newsletter de finanças, investimento e tecnologia que te deixará informado em menos de 10 minutinhos.
A grande maioria dos influenciadores e educadores financeiros recomendam a diversificação como a melhor estratégia de investimento. Segundo essa tese, possuir muitos ativos em carteira diminui o risco de perda total caso um desses ativos venha a sofrer perdas severas.
Por exemplo, imagine alguém que tinha uma carteira de criptomoedas composta apenas de Terra (LUNA). Essa pessoa certamente fez muito dinheiro durante o rali de preços de 2021, mas foi à ruína quando a LUNA entrou em colapso no ano seguinte. Se tivesse uma carteira mais diversificada – contendo também Bitcoin (BTC), por exemplo – essa pessoa não teria perdido todo o seu dinheiro.
Por isso, a diversificação é parte fundamental de uma estratégia de investimento a longo prazo. No entanto, existem pelo menos três cenários em que ter vários ativos pode atrapalhar mais do que prejudicar. E a newsletter de hoje vai explicar ambos os cenários.
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Cenário 1: investidores iniciantes
O primeiro cenário onde a diversificação pode prejudicar o desempenho de uma carteira é para quem ainda não tem uma carteira. Se você ainda está começando seus investimentos, a diversificação pode ser um caminho ineficiente.
Isso porque a maior proteção de um portfólio diversificado consiste na proteção, ou seja, impedir grandes perdas em momentos de crise. Já para o investidor iniciante, o ponto mais importante deve ser o crescimento, criando uma carteira que possa entregar retornos maiores sobre o valor investido.
Claro que essa carteira deve ter uma proteção mínima, de modo que você possa evitar apostas extremamente arriscadas que acabem com seu investimento antes dele maturar. O ponto aqui é deixar claro que se você tem um portfólio pequeno (de até R$ 10.000), não faz sentido lotar sua carteira com 10 ou 15 ações logo de cara.
Ao fazer isso, você tende a diluir seus retornos e ter um desempenho que pode ficar bem abaixo do mercado. Outra dificuldade desse tipo de carteira é que por ter muitos ativos, torna-se mais difícil acompanhar os resultados, cotações e dados de todas as empresas, o que também fará você perder tempo que poderia empregar no seu trabalho, aumentando sua renda e seus aportes.
Por isso, evite ter muitas ações ou criptomoedas no seu portfólio se você está começando a investir. Opte por ter até cinco opções com nomes sólidos que tenham indicadores fortes, saúde financeira e um alto potencial de valorização, e aumente essa quantidade aos poucos de acordo com o crescimento do seu portfólio.
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Cenário 2: excesso de ativos
Quando se fala em diversificação, muitos investidores lembram de Warren Buffett, cuja fortuna foi construída por meio da compra de bons ativos.
A empresa de Buffett, Berkshire Hathaway, possui dezenas de ativos em seu portfólio e é uma verdadeira holding de ações, mas Buffett não é tão adepto da diversificação. De fato, uma de suas frases mais famosas diz que a diversificação é a proteção contra a ignorância, o que não é exatamente uma defesa dessa prática.
Para Buffett, se você entende realmente de um ativo, conhece uma empresa ou sabe dos ciclos de um ativo, não precisa diversificar tanto. Nesse caso, a melhor estratégia é confiar nos seus conhecimentos e investir naquilo que está dentro do seu círculo de competência, que são as áreas que o investidor realmente entende.
E isso se reflete no portfólio de ações do próprio Buffett, que embora tenha várias empresas possui a maior parte dos seus retornos vindos de poucos ativos. Conforme mostra o infográfico abaixo, mais de 50% da riqueza do Oráculo de Omaha vem de apenas duas empresas: Apple e Bank of America.
Além disso, Buffett dificilmente vende suas ações, especialmente as que estão no grupo acima, pois elas são empresas sólidas que já entregaram, e ainda entregam grandes retornos ao bilionário.
Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin
"Eu perdi uma casa, um apartamento e 95% dos meus Bitcoins. Seis anos depois, o Bitcoin salvou minha vida e me trouxe a Londres.”
No livro Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin, o autor Luciano Rocha conta sua jornada desde que entrou no mundo do Bitcoin em junho de 2014. São, portanto, oito anos de aprendizados, esforços e muitos, muitos fracassos. Mas sem eles, este livro não teria sido escrito para contar a história.
Um misto de autobiografia e educação financeira, Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin traz informações, eventos poucos conhecidos da comunidade bitcoinheira brasileira e também dicas de como não apenas investir melhor, mas ser um investidor por toda a vida.
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Cenário 3: criptomoedas
Se o excesso de diversificação em ações pode prejudicar os rendimentos da sua carteira, isso é uma verdade ainda maior quando falamos de criptomoedas. Na verdade, a diversificação faz ainda menos sentido neste mercado.
Um dos motivos é que apesar de existirem mais de 20.000 criptomoedas e tokens listados no CoinMarketCap, a grande maioria deles tem propostas muito similares. O Ethereum (ETH) e a Solana (SOL) são exemplos disso, pois ambos se propõem a fazer aplicações e projetos muito semelhantes.
Além disso, grande parte das criptomoedas existente hoje em dia consiste de projetos inúteis (como os “clones” do Bitcoin); redes baseadas em memes, que existem apenas como uma piada e não têm qualquer valor real (como a Dogecoin), ou stablecoins atreladas a outras moedas e que possuem um valor fixo (como a USDT).
Por isso, a diversificação em criptomoedas faz pouco sentido, visto que no longo prazo a única que ganhou valor real foi o BTC. Se você está começando neste mercado, tenha cuidado e não saia comprando tudo que vendem como se fosse uma nova “revolução”.
Caso você ainda assim queira diversificar, procure escolher criptomoedas com propostas muito diferentes entre si (Bitcoin e Solana, por exemplo) e estude bem os fundamentos de cada uma delas antes de comprar. Sempre faça sua pesquisa e tome cuidado com “dicas” e com as “criptomoedas do momento”.
Em suma, se você já tem uma carteira com ações ou criptomoedas vencedores, não faz sentido incluir nela ativos que não terão a mesma performance. Não troque o cavalo vencedor por muitos que vão apenas “competir”.
Recomendação cultural
O Jeito Warren Buffett de Investir – Robert G. Hagstrom
O best-seller escrito por Robert Hagstrom é uma espécie de “biografia financeira” do fundador da Berkshire Hataway, que traz um histórico da trajetória de Buffett por meio das empresas compradas por ele.
A obra inclui as apostas mais bem-sucedidas de Buffett, bem como seus fracassos e as lições assimiladas desses episódios. Hagstrom também oferece um panorama dos pensamentos financeiros de Buffett e os fatores que ele analisa sempre que vai comprar uma empresa, seja ela fechada ou de capital aberto.
Essa obra é curta, porém cheia de lições valiosas que reforçam a ideia de que uma concentração moderada em opções bem avaliadas é o verdadeiro fator que impulsiona o crescimento de qualquer portfólio, além de trazer mais tranquilidade para o investidor.
Do Zero ao Sem Dúvidas
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