DZCM #9: como usar a Teoria das Bandeiras nos seus investimentos
Saiba como manter legalmente seu dinheiro longe do governo – e vice-versa
Aviso: em virtude das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul, todo o dinheiro das vendas de Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin em maio irá de doação para o Bitcoin é Aqui, projeto da cidade de Rolante/RS que está apoiando as vítimas das enchentes.
Se você não conhece o projeto que transformou a pequena cidade gaúcha na capital global do Bitcoin, não perca tempo e clique aqui para conhecer. Cada livro que você comprar este mês ajudará na reparação de estoques, compra de medicamentos e alimentos para auxiliar a reconstrução da cidade e os desabrigados pelas enchentes.
Caso queira fazer uma doação diretamente ao Bitcoin é Aqui, você pode utilizar os canais oficiais criados pelo projeto. As doações podem ser feitas em Pix ou Bitcoin (BTC):
Pix: 51.299.707/0001-81;
Bitcoin (via Lightning): enchenterolante@coinos.io;
Bitcoin (via onchain): bc1q4w3mc5uztsznk6v64hwj097umr3p4cepayt6d3.
Todas as vendas do livro feitas entre 01/05 e 31/05 serão revertidas inteiramente em doações e entregues ao projeto no dia 30 de junho. Para adquirir o livro, basta clicar no botão de compra mais abaixo nesta newsletter.
Bem-vindo, caro leitor, a mais uma edição de Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin. A sua newsletter de finanças, investimento e tecnologia que te deixará informado em menos de 10 minutinhos.
Praticamente todos os leitores dessa newsletter moram no Brasil, mas grande parte gostaria de morar fora. E mesmo os que não gostariam sempre querem ter acesso a serviços e bens de outros países, que geralmente são muito melhores do que os brasileiros.
Nesse sentido, um dos serviços que mais cresceu desde 2020 foi o investimento internacional. Em 2023, o saldo de investimentos de brasileiros fora do Brasil alcançou US$ 4,3 bilhões, revelando uma forte tendência de diversificação.
Curiosamente, esta newsletter sairá no dia 13 de maio de 2024, data em que se comemora a abolição da escravidão no Brasil. E os temas abordados aqui são muito úteis para libertar você, caro leitor, da escravidão moderna que é ter que sustentar o paquidérmico e ineficiente estado brasileiro.
Dada a situação delicada que o Brasil vive em termos institucionais, ter bens e ativos no exterior é uma forma de se proteger. E isso faz parte de uma estratégia conhecida como Teoria das Bandeiras, que, a pedido de um leitor, é o tema da newsletter DZCM dessa semana:
Seria legal uma postagem sobre isso, não acha? Vejo muita gente falar sobre a teoria das bandeiras, mas poucas explicações de como fazer
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Você sabia que o Bitcoin foi o investimento mais rentável do planeta desde 2009 até 2023? E que se você tivesse investido R$ 25 por semana durante os últimos 6 anos em Bitcoin, você teria transformado R$ 8 mil em R$212 mil?
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O que é a Teoria das Bandeiras?
Quando o assunto são países, uma bandeira é vista como um símbolo de soberania e controle sobre algum lugar. Um país que finca sua bandeira num território estabelece que aquele lugar faz parte de sua jurisdição e está sujeito às suas leis.
Em termos pessoais, as bandeiras também possuem um significado simbólico e uma utilidade ainda mais prática. Na Teoria das Bandeiras, elas são formas de estabelecer-se em um lugar e aproveitar as vantagens que o país pode te oferecer.
Num mundo cada vez mais conectado, cada vez menos pessoas vivem no mesmo lugar que nasceram. Estamos cada vez mais em movimento de um país para outro, mantendo contato com culturas diferentes. A Teoria das Bandeiras prega que devemos aproveitar essa mobilidade para fincar “bandeiras” em diferentes jurisdições.
Os pilares da Teoria das Bandeiras podem variar, mas o conceito original se baseia em cinco bandeiras:
cidadania: ter um segundo passaporte e um plano B para caso seja necessário deixar seu país de origem;
negócios: ter a sede da sua empresa num país que cobre pouco ou nenhum imposto sobre pessoas jurídicas;
residência fiscal: diferente da cidadania, a residência fiscal é o lugar onde você mora mesmo sem ter o passaporte;
lazer: escolha países com custo de vida baixo e moeda fraca para passar suas férias;
investimentos: diversifique seus ativos e fontes de renda em várias jurisdições.
Esta newsletter irá focar no último ponto, trazendo formas de diversificar seus investimentos e até de manter uma reserva de dinheiro em outras moedas.
Por que não investir só no Brasil?
A maioria dos analistas financeiros que fala em diversificação costuma esquecer de mencionar a mais importante delas: a diversificação geográfica. Ou seja, não manter seu dinheiro em um só país.
Para quem mora no Brasil, a diversificação geográfica é ainda mais importante dado o histórico do nosso país. Mesmo uma carteira que tenha ações e vários outros investimentos pode apresentar um risco enorme se todos os ativos forem brasileiros.
Em primeiro lugar, o Brasil tem pouco mais de 400 empresas listadas em bolsa, contra mais de 8.000 somente na bolsa de Nova York. Nosso país representa menos de 1% do mercado global, o que significa que quem investe apenas aqui está perdendo acesso a mais de 99% de todas as maiores e melhores empresas do planeta.
Além disso, o Brasil é um país emergente e possui todos os riscos atribuídos a isso. Já passamos por ditaduras, várias trocas de moeda, crises econômicas graves (como a de 2015/16) e até pelo famoso confisco da poupança em 1990. Mesmo com a situação atual sendo mais estável, o país ainda não merece 100% de confiança.
Por fim, os investimentos que estão no Brasil, em custódia de empresas brasileiras, estão sujeitos às leis (e aos desmandos das autoridades) locais. Dessa forma, se o Xandão algum juiz decidir bloquear seus bens por algum motivo, ele vai fazer isso.
Em contrapartida, investir no exterior coloca seus bens sob outras jurisdições que são consideradas mais estáveis e seguras do que a brasileira. Isso oferece uma camada de segurança jurídica que protege seu patrimônio contra arbitrariedades cometidas por políticos ou burocratas.
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Investir fora é coisa de rico?
Até uns 10 anos atrás, sim. Durante anos, as únicas formas de investir no exterior era “comprando dólar” físico ou via fundos cambiais, que não é a mesma coisa de investir no exterior, ou adquirindo os Brazilian Depositary Receipts (BDRs).
Os BDRs já foram tema de um texto no antigo blog deste que vos escreve, mas para resumir: eles são recibos de ações de empresas estrangeiras negociados na bolsa brasileira. São uma forma indireta de investir no exterior sem sair do Brasil.
Mas até pouco tempo, somente investidores qualificados podiam comprar BDRs. Além disso, por serem ativos negociados no Brasil, os BDRs não oferecem a mesma proteção patrimonial que a diversificação de jurisdições.
Mas a partir de 2018, diversas empresas brasileiras passaram a oferecer a opção de investir direto no exterior, comprando ativos em dólar na bolsa dos Estados Unidos. Hoje, várias corretoras oferecem esse tipo de conta, que permite comprar ativos no exterior com valores bem baixos (às vezes, a partir de meros US$ 20).
Por isso, investir no exterior não é coisa de rico, mas é acessível a qualquer pessoa.
Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin
"Eu perdi uma casa, um apartamento e 95% dos meus Bitcoins. Seis anos depois, o Bitcoin salvou minha vida e me trouxe a Londres.”
No livro Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin, o autor Luciano Rocha conta sua jornada desde que entrou no mundo do Bitcoin em junho de 2014. São, portanto, oito anos de aprendizados, esforços e muitos, muitos fracassos. Mas sem eles, este livro não teria sido escrito para contar a história.
Um misto de autobiografia e educação financeira, Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin traz informações, eventos poucos conhecidos da comunidade bitcoinheira brasileira e também dicas de como não apenas investir melhor, mas ser um investidor por toda a vida.
Ficou curioso para entender melhor essa história? Então clique aqui e adquira a versão digital de Do Zero ao Cem Mil com Bitcoin.
Como iniciar sua jornada
Dado que as opções são muitas, decidimos trazer aqui quatro maneiras bem eficientes de começar a sua trajetória no exterior. Essas quatro “bandeiras” oferecem serviços que vão desde contas bancárias fora até a completa soberania financeira do seu patrimônio em relação a qualquer país:
Wise;
N26;
interactive Brokers;
Bitcoin.
Wise
A Wise (antiga TransferWise) é uma fintech criada na Estônia, mas que possui atuação no mundo inteiro. Ela permite a abertura de contas múltiplas em mais de 180 moedas, desde o dólar até o baht tailandês, concentrando todas essas contas em um só aplicativo.
Utilizando a Wise, você consegue converter reais para qualquer moeda pagando apenas 1,1% de IOF, uma das taxas mais baixas do mercado. Além disso, a Wise oferece um cartão de débito aceito no mundo todo e que possui uma taxa baixíssima, permitindo que você possa gastar no exterior sem pagar caro nas suas compras.
Mas uma desvantagem da Wise é que ela possui registro no Brasil e, portanto, está sujeita às leis brasileiras em sua conta nacional. Ela também não rende juros, então certifique-se de que só vai deixar lá o dinheiro que você pretende utilizar em sua viagem.
Por outro lado, a Wise permite conversões rápidas e cobra menos de US$ 0,40 para realizar transferências, o que a torna uma excelente opção para economizar dinheiro. Você pode abrir a sua conta na Wise clicando aqui.
N26
Ué, mas o N26 encerrou suas atividades, mano! Tá doido, indicando esse banco aqui?!
Calma, jovem leitor. O banco que encerrou suas atividades foi o N26 Brasil, mas a minha indicação é para o N26 “original” que, na minha humilde opinião é um dos melhores bancos do mundo.
Se você procura uma opção de conta 100% desvinculada da jurisdição brasileira, a N26 é a opção perfeita para fincar sua primeira bandeira na Europa. O N26 atua em todos os países da União Europeia e oferece uma conta com IBAN europeu, mas tem sede na Alemanha. Logo, totalmente desvinculado do Brasil.
Uma grande vantagem do N26 é que por ter a bandeira Mastercard, ele é aceito em qualquer lugar do mundo. E apesar de sua conta ser em euros, você pode utilizar em qualquer país sem pagar nenhuma taxa extra nem imposto, paga apenas a cotação de conversão da moeda local (o banco utiliza a cotação oficial da Mastercard).
O N26 foi o banco oficial da minha primeira viagem à Europa e funcionou muito bem até na Inglaterra. Ele oferece até 4 saques gratuitos por mês, além de ter uma conta poupança que rende 2,8% ao ano e ter uma plataforma para a compra de criptomoedas.
Qualquer pessoa pode abrir conta no N26, inclusive cidadãos de fora da UE, mas é preciso fornecer um endereço europeu para receber o cartão. Mas ele não pede comprovante de residência, de modo que você tem algum parente ou amigo que mora na Europa, pode enviar o cartão para essa pessoa.
Você pode abrir sua conta gratuita clicando neste link e utilizando o código lucianon0993.
Interactive Brokers
A Interactive Brokers é uma das maiores corretoras dos EUA e oferece acesso a ativos do mundo inteiro. Sua plataforma é voltada para operações de trading, mas ela também é uma excelente opção para os usuários menos experientes.
Um dos atrativos da IB, como é conhecida, é a taxa zero para corretagem, além do fato de ser possível comprar frações de ações. Essas vantagens oferecem grandes benefícios para quem quer investir no exterior, mas tem pouco dinheiro.
A IB também oferece análises de mercado completas e ETFs das mais variadas economias e setores, inclusive ações brasileiras. Se você quer investir no Brasil mas não quer ficar na jurisdição local, esse recurso é excelente.
Por fim, a IB permite que você possa conectar sua conta da Wise para enviar dólares para a corretora, reduzindo ainda mais os custos. Ela também permite a abertura de conta para não residentes nos EUA, incluindo brasileiros. Mas a desvantagem é que o site não tem suporte em língua portuguesa.
Você pode abrir sua conta através deste link.
Bitcoin
Por fim, a ferramenta que preenche a Teoria das Bandeiras por excelência. O Bitcoin não dá apenas soberania, mas liberdade geográfica. Ele não está sujeito às regras de nenhum governo, banco central ou empresa, de modo que ter Bitcoin significa estar livre de todas essas amarras.
Guardado de forma correta, ninguém pode tomar seus Bitcoins, roubá-los nem confiscá-los. Ao contrário de ações e contas bancárias, não é possível bloquear uma carteira de Bitcoin via mandado judicial, o que faz dele uma proteção ideal para quem deseja enfrentar momentos de crise.
Ter Bitcoin acrescenta ao conceito da Teoria das Bandeiras a “liberdade monetária” de contar com um dinheiro livre e aceito em qualquer lugar do mundo.
CTAh, vá!
Qual bandeira você já plantou ou deseja plantar fora do Brasil? Deixa pra gente nos comentários.
Recomendação cultural
The Sovereign Individual
Livro bastante famoso entre nômades digitais, The Sovereign Individual se mostra bastante atual mesmo quase 30 anos após seu lançamento. A obra oferece uma visão futurista sobre as transformações sociais, políticas e econômicas que poderiam ocorrer com o advento da era da informação.
Esse livro previu mudanças como a popularização do trabalho remoto, as redes sociais e até mesmo o surgimento do Bitcoin. Leitura indispensável.
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